e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

terça-feira, 6 de julho de 2010

eu quero uma luz, mas fraca
não quero sombra, mas penumbra
um por do sol, ou um nascer de lua

nada há no belo que seja intenso
não quero me ofuscar ou quedar em trevas
quero das coisas o simples e o singelo

palavras doces, mas não assucaradas
alguém que me fite, mas não me encare
quero um sorriso, não gargalhadas

um olhar longe, sem intensidade
olhos pequenos, que não sabem bem
desses eu aproveito o brilho

nada de grandes emoções, mas belas
ver tudo como algo natural
mesmo o amor, o vejo manso

sou enamorado do que é morno
o amor que tenho é como a tensão
que sinto ao tentar não ser exagerado

nada me alcança em cheio
além do ar que respiro à noite
com o suave cheiro do teu cabelo

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