e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

terça-feira, 6 de julho de 2010

mesmo sabendo que não há nada no mundo
eu insisto em esperar
insisto em buscar ser feliz,
insisto em conhecer e sentir as coisas

sempre chego ao nada de onde saí
às vezes me machuco,
corto os lábios, queimo as mãos
me esfolo e caminho para lugar algum
sigo e ao cabo de cada caminho
estou denovo no nada

o nada que há em volta
me sufoca como se fosse o próprio tudo
tento violentamente me desagarrar desse visco
aos socos e pontapés, brevemente creio-me livre
mas ilusão
se abro melhor os olhos
percebo que estou no mesmo lugar
estou em lugar nenhum
estou caminhando sem me mexer
em busca do que não existe
nada existe...
só existe a angústia de saber que não existe nada

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