e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

terça-feira, 20 de julho de 2010

energia

é preciso energia para fazer as coisas...
o ki é a parte científica
a prática é a arte

ciente da energia que há, se chega
gastar a energia com engenho
sabendo da sua infinitude de possibilidades
o corpo responde e agradece

músicas, teatros, letras, danças

a arte é saber usar a energia para viver em gozo
é ver nada e enxergar a plenitude
e daí dançar, de olhos fechados,
dançar até o limite,
e dançar muito mais, e fazer mais do que faz
com força e ranger de dentes mental
pronto a vomitar, explodir
ir além de próprios limites e se esgotar

depois é um riso interno
a energia que se gasta, como se gasta, deixa marcas sublimes, aparecem anjos

eu disse do vulgar e mal exemplificando
a tal sensação nos faz nos sentirmos inteiros como os apaixonados
e nela se chega só pela energia que não posso nomear melhor...
para saber melhor, concentrar de olhos fechados, a mudar de um pensamento para outro, a todos rejeitando
nada fixe
quando não pensar em nada
e sentir no peito controlar a força da angústia e a paz da alegria
se expresse
em piruetas diárias,
por malabários de circo,
por vôos quaisquer sozinho

nada do que eu disse vale, senão por um momento
em situações extremas somos mais artistas que nunca
a energia leva ao limite, mas isso é só uma parte
há que se valer dos instantes
mas nada dura e sempre sai algo errado



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