ah... por que insisto em falar da arte?
me expressar...
quem vê um jeito mais real de se expressar que na arte marcial?
dar de si um tudo e tentar mais...
estou sem saber se estou para o papel ou para o tatame...
estou para os dois,
meu pai sempre me disse que o pensamento perde o sentido se não trabalhar o corpo...
agora concordo, amanhã não sei,
ontem concordei, também, mas não tive como falar
a gente sente mesmo a arte nas veias quando o corpo cansou em se expressar;
caras feias e pontapés...
gosto de escrever,
hoje estou mais para o karaté...
amanhã eu não sei...
andei pensando, crendo ser fato:
- no mais que eu pense em caminhar, ou deixe versos...
e me esvaia em caretas e dance uma dança mágica ou nítida...
eu quero é me estafar, dar de mim até não poder mais...
estou mais satisfeito quando me entrego ao máximo ao que seja;
assim consigo me ver fazendo parte de o que seja...
meu jeito de ser e marcar...
me sentir marcando,
sou mais um querendo gravar as mão na pedra dos mestres,
ser tanto, que me queiram para ensiná-los, e creiam em mim;
saber tanto até saber que não saberei nunca o suficiente,
e mostrar caminhos...
usar ao limite de todo esse meu ser insignificante,
para ver que sei nada como ninguém...
e termino com as palavras do sensei,
dizendo daquilo que prego agora:
para aprender, é preciso ter o copo vazio
- para ser redundante -
copo cheio não enche...
tentar ver que o copo é o corpo
sem resposta
Há 7 anos