e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

segunda-feira, 24 de maio de 2010

karaté

ah... por que insisto em falar da arte?
me expressar...
quem vê um jeito mais real de se expressar que na arte marcial?
dar de si um tudo e tentar mais...
estou sem saber se estou para o papel ou para o tatame...
estou para os dois,
meu pai sempre me disse que o pensamento perde o sentido se não trabalhar o corpo...
agora concordo, amanhã não sei,
ontem concordei, também, mas não tive como falar

a gente sente mesmo a arte nas veias quando o corpo cansou em se expressar;
caras feias e pontapés...
gosto de escrever,
hoje estou mais para o karaté...
amanhã eu não sei...

andei pensando, crendo ser fato:
- no mais que eu pense em caminhar, ou deixe versos...
e me esvaia em caretas e dance uma dança mágica ou nítida...
eu quero é me estafar, dar de mim até não poder mais...
estou mais satisfeito quando me entrego ao máximo ao que seja;
assim consigo me ver fazendo parte de o que seja...
meu jeito de ser e marcar...
me sentir marcando,
sou mais um querendo gravar as mão na pedra dos mestres,
ser tanto, que me queiram para ensiná-los, e creiam em mim;
saber tanto até saber que não saberei nunca o suficiente,
e mostrar caminhos...
usar ao limite de todo esse meu ser insignificante,
para ver que sei nada como ninguém...
e termino com as palavras do sensei,
dizendo daquilo que prego agora:
para aprender, é preciso ter o copo vazio
- para ser redundante -
copo cheio não enche...
tentar ver que o copo é o corpo

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