e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

domingo, 23 de maio de 2010

caminho

acordo a não sei que horas da madrugada
me levanto para escever,
um me levantar para me ouvir...
levantar e não saber direito pra quê...

falta das palavras...
medo da minha viagem
sei que vou
sei que sou o ir não sei pra onde
que vem a mim, me encontra
pouca lembrança de um bom dia que eu mal vivi
saber que vivo para me enganar
e sentir falta daquilo de que não se pode fugir

tenho em mim tudo de que preciso e quero tanto mais
eu quero as palavras doces
e algum olhar que me mire
eu falo do alto e da rima...
apreciar o sol deitado no asfalto
o viver todo dia que todo mundo vive...

sei de mim e de onde estou,
às vezes acordo não sei porquê e sem saber de nada
o sol às vezes não me acha, nem as palavras
eu apago a luz, para me ouvir melhor
o que guardei pra mim, para me fazer feliz

eu tenho o mundo e me sinto só
não triste, que assim , eu não me sinto mais
eu vi das ciências e do mais,
mas levo de guia algum palpite
o que está certo é o que se diz estar,
eu me levantei ainda não sei para quê
não há choro, ou nada que valha ranger os dentes
existo; sou isso que é forte e mole...
de perguntas e respostas eu nada sei...
sei de uns poucos rumos

varo, atravesso, sou e vou...
algo, assim, sem quê nem pra quê
não há nada que eu possa responder
sou que tenho resposta ao passado e ao futuro,
do presente só sei ir...
ir, desacatar e não saber

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