e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

terça-feira, 8 de junho de 2010

as pessoas procuram tanto o mundo...
uns procuram tanto sentir pelo lado de fora...
outros vêem um mundo interior muito mais vasto
e quem não concorda, dificilmente não oprime
está certo é quem percebe a materialidade de carros e casas...
amor nunca encheu barriga de ninguém
qualquer um vive de alma vazia, mas não se sabe de quem viva com a barriga vazia...
quando digo de amor, é com desdém, acho que o confundo com uma outra sensibilidade que não de nariz e olhos
quem vê o quê, escolhe assim...
os outros preferem enxergar com o sexo, com a boca
um amor de ouvidos e tato.

paixão é outra coisa, que também carrega espada,
mas esse sentir sublime, contemplando os pensamentos;
isso não leva a lugar algum,
não faz líderes ou algo que valha...
o mundo é o que se pode ver, o que se pode morder,
o que se pode socar,
esse mundo de sentir o que não deram nome
e mais pensar - isso não é vida
que vida há senão a de me embriagar?
há loucas cabeças que se drogam mais com algo que sinta e não sabe falar
do que com carros - coisa de louco

entre outras coisas, o camarada vai querer viver frustrado?
de passar o dia a pensar e sempre saber que nada vai pensar que resolva.
e o meu tênis da moda?
menos ainda - a barba e os cabelos bem cuidados
e trabalhar? passa a vida à tôa?
o dia pensando e no seguinte pensar diferente, e, assim, sempre?
o que um desinfeliz desse tem?
e se todos têm o que escolhem, porque esse escolheu isso?

vai amar a vida que é normal de amar...
amigos e mulheres e o que se reparte...
sai dessa mentira de achar que importa o que você pensa ou sente, que não importa nem a ti
vai viver em vez de ser vagabundo

Um comentário:

  1. Valeu por ter passado por lá!
    Me identifico com sua escrita.
    Mãos a obra!

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