e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

terça-feira, 22 de junho de 2010

me saber sozinho,
me saber apoiado como quem não precisa de apoio
não do que me oferecem
um na estrada solitário
de companhia a paisagem
montes, céu, lua, estrelas
o carinho incapturável dos dedos de vento na cara
mesmo, curtindo o que a vida oferece,
sempre em meditação para apenas sentir, sem a nada alterar
- pois não o faria mesmo querendo -

das pessoas, como pude, me despedi
dei tchau ao patrão e à família
vivo em mim, sozinho
uso do mundo o que posso aproveitar...
Estou certo. Ciente.
Decidido a achar esse ser o bom caminho.
Me repito isso aos montes;
quanto mais estou só, mais estou independente
quanto mais caminho à minha maneira, mais estou satisfeito
mas não mais me engano
- me sinto num constante estado de tentar a nada buscar,
estou contente, mas não estou saciado
a cada dia mais abro mão do que é comum,
mais caminho em sentido contrário ao que é regra -
pensava me desapegar, mas não
esse que escolhi ser, apenas sente uma falta maior que a já conhecida
um vazio mais forte
largando o conhecido, o caminho já iluminado e habitual seguido
pensei que sentiria de modo mais sublime
da terra conheceria os segredos,
das línguas seus mistérios,
dos homens suas razões;
mas de nada disso eu sei, e agora não tenho um amor para me apegar, um amigo pra eu apoiar...
abri mão da razão torta dos homens e não achei razão alguma em seu lugar;
me restou, se muito, uma angústia em meu peito;
que não expresso nem por palavras,
nem pelas razões dos homens;
mas que todos já conhecem

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