e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eu trago na boca muitas palavras
palavras que ferem e palavras que consolam
quem se deixa ferir ou consolar, se engana
palavras são só palavras

o que eu digo não vale nada
digo apenas palavras
digo de amor, alegria e ódio
a responsabilidade de dizer não é maior que a de entender

eu sou só palavras e valho nada
a vida segue, sempre, independentemente do que eu diga

eu falo muito sobre pouca coisa
o que eu falo eu não sei dizer
fazer versos é meu jeito de viver

digo de como eu vejo, do que sinto
sou tudo o que digo, disso me faço
me banho em sentimentos e em pensamentos
o que digo não vale nada

digo porque tenho que dizer
fazer versos é o meu jeito de viver

não se alegre ou se entristeça com o que digo
o que digo não vale nada
a terra gira, a rádio está no ar
muitos carros andam pela cidade

o que eu digo não impede a nada,
também não provoca a nada
do que eu falo eu não sei dizer
fazer versos é meu jeito de viver

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