e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

segunda-feira, 21 de junho de 2010

o que eu penso é grande demais para as palavras
ou é tão pequeno que não vale nada
me sinto uma lâmpada apagada, ou uma lâmpada qualquer que acende e apaga por uma força alheia
uma árvore e posso fazer tantas escolhas como pode uma, que existe para compor a paisagem e esperar para morrer
existo para sentir e para pensar, passo os dias sentido e pensando
e percebo que o melhor é não formar idéia de nada, que sempre me engano; acho que estou num sonho, ou a vida é demais para eu a perceber
não vejo qualquer sentido nas coisas, que ocorrem aleatoriamente e sem minha ajuda
o que às vezes acredito fazer, saber, dizer, depois de eu existir mais uns instantes, descubro não terem sido minhas escolhas e nem o meu juízo de tais coisas é certo
assisto meus dias como um expectador desinteressado
o que eu sei, agora, não tenho como dizer
eu sei o que sinto e o que penso
e isso não cabe em palavras
A vida é gestos, emoções, escolhas e todo o resto
quando digo de palavras, falo disso tudo
mesmo com tudo isso, não há como eu me expressar
as limitações são tantas que não há como eu me expressar
se eu escrevesse coisas sublimes e heróicas, inspirado pela Musa, ainda assim seria um engano


sou só palavras que nada dizem, nada sabem, e se olhar bem, nem sequer são minhas

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