e a grande pergunta: quem sou eu?
um caminho, de muitos, a se percorrer... uma força, talvez... um convite à solidão... voltar-se para si, e ecoar

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Aproveitar como se fosse o último
ficar
ficar e ir
ficar e ir e ser
tive sorte
costumo ter sorte
tive a sorte que costumo ter
eles fazendo o barulho deles por lá
me faz feliz vê-los se entendendo
brindemos!
tanto há
não falo dos sorrisos, mas como gosto
e ser sincero, acreditar que sou
saber quem de mim agrada
só ser, me importando pouco
a festa finda, o dia acaba
sentido não há
sobra uma falta, uma ausência
morder a língua e puxar o ar é o que me resta
Eu puxo um ar que não me vem
sinto falta de tanto
não há o que me acuda
mas eu me apoio em qualquer coisa e finjo que vou
olho bem, e o mundo não tem nada a me oferecer
o que eu sinto eu não sei dizer
o que eu penso não é o que eu acredito pensar
Há tantos caminhos
há tantos caminhando
há tantos apoios
essas crianças e o que delas será
que o futuro lhes reserve a sorte que eu tive
e as proteja do meu azar
a festa acabou e eu estou rouco
estou como me agrada
estou vivo, há um pigarro
não há felicidade, nem azar, nem tristeza
há um constante me enganar
eu vou e sou
há tanto que eu não posso contar
não posso porque não consigo
eu tenho o que me resta
só posso ir
- vai começar!
- vamos embora!
- está dois à um
hoje eu ganho
estou ganhando
eu me achei, me sei, me acabei
sou isso, de aproveitar ao máximo,
como se fosse o último
há tanta gente boa
e há os que mesmo não o sendo, o são
e o que há para mim agora, que a festa acabou?
não quero me preocupar com a estrutura
Pessoa já dizia que escapoliu pela janela
de trás da educação que o deram
o que me resta agora, que a festa acabou?
só me resta ir
só me resta ser
aproveitar a sorte de ter comigo tanta gente boa
esse eu que sou meio torto
por que - raios - eu falaria de amanhã?
Eu vou lá me privar de tudo?
eu só muito quero saber do que há
o que há, que não vejo?
por que, em mim, há tantos porquês?
hoje eu vou ter um filho roxo
me esqueci das rimas
parece que brigo contra o senso
agradeço tanto meus braços esfolados
ainda bem que eu vim
vim e sou
já não sei se vou
agora eu espero
o que será?
o que o charme tem a ver com isso?
o charme é de querer viver
falhas e faltas
- Está dois à um!
o que me falta, por que me falta tanto?
não quero meter corante, me dê a cor real
vejo corante em tudo quanto há
a cor de corante me parece ser a cor real
tudo me apraz, que só vejo gente boa
quem é companheiro como um cachorro?
vamos gastar tudo!
não pensemos no amanhã!
gastar o de um, ou o de outro
não consigo perceber nada como sendo de alguém
eu não sei do que eu sinto falta
me faz falta algo que não é meu
o que tenho eu?
me restam versos sem rima
sinto falta do que eu vi e do que não vivi
não sei reto do que me agrada
me faz falta algo que não percebo
"não sei porquê nem sei do que sei"
a voz do Tim já disse que vale tudo
vamos, agora
vamos embora
as palavras se variam e se repetem
falemos a mesma língua
uma língua de sorrisos, que gosto
falemos explícito, sem usar de palavras
algo que não sei ao certo me acode
será que há o bem e o mal?
quem vem ralhar comigo?
já não sei do que quero
era pra eu saber?
quanto a mim, digo que já me valeu
o que me resta?
eu me acostumo
faço o que for e me acostumo a quê?
vamos!
vamos ser
quando a gente pensa muito ela é pouco
seremos sem pensar para ser mais
perguntemos o que há
que há que me valha?
o que faço eu pra ser?
sem querer digo do que não poderia deixar de ser dito
iremos
me complica ter para dizer o que se não diz com palavras
falo e ando
vou...

Um comentário:

  1. Eu lembro qdo e pq escrevi esse... escrevi em papel e passei a limpo. tava com uma puta dor de cotovelo... nem reli, mas lembro q saiu mto artificial. não recomendo! nem eu q sou vaidoso, gosto de olhar nesses retratos de espelho da alma vou reler... agora q falei addim, fiquei até curioso. talvez eu eleia depois. Mas não recomendo!

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